3 resultados para Psoriasis, cardiovascular risk, cardiovascular disease, diabetes mellitus type 2 .

em Biblioteca de Teses e Dissertações da USP


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Introduo - Na preveno primria das doenas cardiovasculares, a adoo de estilo de vida saudvel representa uma das estratgias mais importantes. Entretanto, baixos ndices de adeso e o abandono da dieta constituem obstculo importante ao tratamento. Neste sentido, as intervenes cirrgicas surgiram como um mecanismo promotor da restrio alimentar e tm ganhado importncia no s pelo tratamento da obesidade como tambm no controle dos fatores de risco cardiovascular e na possvel reduo da mortalidade. Atravs de estudos clnicos foi possvel observar que estas estratgias cirrgicas promovem profundas modificaes estruturais no trato gastrointestinal gerando aumento da saciedade e da sensibilidade insulina. Em especial para os pacientes diabticos, por si s associados a maior risco cardiovascular, as cirurgias baritricas seriam capazes de promover um efeito muito intenso e agudo sobre os marcadores relacionados ao desenvolvimento da aterosclerose. Um evento muito definido no tempo como uma interveno cirrgica pode ser muito til para o estudo e identificao de mecanismos que ainda no esto completamente estabelecidos no processo aterosclertico. Objetivos - Analisar o comportamento das variveis laboratoriais, clnicas e estruturais relacionadas ao desenvolvimento e progresso da aterosclerose em indivduos diabticos submetidos cirurgia baritrica. Mtodos - Foram includos vinte voluntrios diabticos refratrios ao tratamento clnico e que apresentavam obesidade abdominal. Deste grupo, metade foi aleatoriamente selecionada para realizao da cirurgia baritrica e metade foi mantida em tratamento clnico otimizado. Todos os participantes foram submetidos a exames clnicos e bioqumicos nas mesmas ocasies, at trinta dias antes da cirurgia, trs e vinte e quatro meses aps a cirurgia. Nestas ocasies alm do perfil lipdico e da glicemia, determinamos os hormnios incretnicos, adipocinas. A avaliao da quantidade de gordura epicrdica e a presena de esteatose heptica ser realizada somente aps dois anos de seguimento em conjunto com as demais variveis,. Foram includos tambm 10 indivduos saudveis e com IMC dentro da normalidade, como parte do grupo controle. Estes indivduos foram submetidos coleta de sangue em dois momentos para avaliao dos mesmos metablitos. Resultados - No momento pr-interveno os indivduos do grupo cirrgico e clinico eram diferentes em relao ao IMC, Glicemia e Triglicrides, sendo assim, os resultados obtidos foram ajustados minimizando o impacto destas diferenas. Aps o seguimento de 3 meses, o grupo cirrgico apresentou reduo significativa nos valores de peso, IMC (33,4 2,6 vs. 27,42,8 kg/m2, p < 0,001), HbA1c (9,26 2,12 vs. 6,180,63%, p < 0,001), CT (182,9 45,4 vs. 139,8 13 mg/dl, p < 0,001), HDL (33,1 7,7 vs. 38,4 10,6 mg/dL, p < 0,001), TG (369,5 324,6 vs. 130,8 43,1 mg/dL, p < 0,001), Pro-insulina (12.729,11 vs. 1,761,14 pM, p < 0,001), RBP-4 (9,852,53 vs. 7,31,35 ng/ml, p < 0,001) e CCK (84,833,2 vs. 79,9 31,1, ng/ml, p < 0,001), houve tambm aumento significativo nos nveis de HDL-colesterol (33,1 7,7 vs. 38,4 10,6 mg/dL, p < 0,001), Glucagon (7,4 7,9 vs. 10,29,7 pg/ml, p < 0,001) e FGF- 19 (74,1 45,8 vs. 237,3 234 pg/ml, p=0,001). Um dado interessante foi que os valores de Pro-insulina, RBP-4, HbA1c e HDL- colesterol no grupo cirrgico atingiram valores similares queles do grupo controle trs meses aps a interveno, sendo que o FGF-19 apresentava valor duas vezes maior do que o encontrado no grupo de indivduos saudveis (237 234 vs. 98 102,1 pg/ml). O grupo clnico no apresentou variao nas variveis clinicas, apenas nos valores de glucagon com reduo significativa no perodo ps-interveno (18,1 20,7 vs. 16,8 18,4 pg/ml, p < 0,001). Concluso - Conclumos que indivduos diabticos descompensados e refratrios ao tratamento clnico, quando submetidos cirurgia baritrica, apresentam uma alterao profunda do ponto de vista clnico, metablico e hormonal, em relao ao indivduos de mesmo perfil mantidos em tratamento clnico otimizado. Esta importante alterao, observada j com trs meses aps a interveno, pode representar uma importante reduo do risco cardiovascular nestes indivduos. Individualmente, a notvel modificao dos valores de FGF-19 associadas interveno devem ser estudadas com maior profundidade para compreenso de seu significado e sua potencial utilidade como marcador ou como um dos protagonistas no mecanismo de preveno cardiovascular

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Trata-se de estudo de interveno tipo antes e depois, no qual o sujeito seu prprio controle, fator que permite identificar os efeitos na adeso ao tratamento e controle dos nveis glicmicos. Teve como objetivo avaliar a contribuio da consulta de enfermagem na adeso ao tratamento do diabetes mellitus tipo 2, em uma Unidade Sade da Famlia, de acordo com o \"Protocolo de atendimento as pessoas com diabetes mellitus,\" em Ribeiro Preto, SP. A coleta de dados foi realizada no perodo de setembro de 2014 a janeiro de 2015. O trabalho foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeiro Preto, SP, sob Parecer n 648.970. Participaram 31 pessoas com diabetes mellitus, por meio de trs consultas de enfermagem, na unidade de sade e no domiclio, com intervalo de um ms entre as trs consultas de todos os participantes. Foi utilizado um roteiro contendo variveis sociodemogrficos e clnicas e o teste de Medida de Adeso ao Tratamento. Para a anlise da adeso, durante e aps a interveno, utilizou-se a estatstica descritiva e o teste de Mann- Whitney; para a comparao do antes e aps a interveno, utilizou-se o teste de Wilcoxon; para anlise de correlao com as variveis numricas, o coeficiente de correlao de Spearman e o teste Q de Cochran, para a comparao dos exames nos momentos anterior, durante e posterior interveno. Os resultados mostraram que os participantes tinham entre 33 e 79 anos, sendo 58,1% do sexo feminino; 71% tinham companheiro; renda familiar de 1 a 3 salrios-mnimos (83,9%); 80,6% referiram ser profissionalmente inativos (aposentados, pensionistas ou do lar); mdia de 5,68 anos de estudo e predomnio de menos de 8 anos de estudo (67,7%). Em relao aos valores da presso arterial sistmica constatou hipertenso arterial sistmica grau I em 25,8% das pessoas com diabetes mellitus, 90,3% com ndice de massa corporal apresentando excesso de peso, quanto circunferncia abdominal, 32,2% dos homens estavam com valores maiores que 102 cm e 45,2% das mulheres com valores acima de 88 cm. A avaliao dos ps, com uso do monofilamento Semmes-Weinstein de 10g, apresentou 9,7% das pessoas com diabetes mellitus com p em risco para ulcerao e diminuio ou ausncia de sensibilidade ttil pressrica protetora dos ps. O tempo de diagnstico do diabetes mellitus tipo 2 variou entre 1 a 39 anos, predominando as comorbidades hipertenso arterial (83,9%), dislipidemia (58,1%) e obesidade (41,8%). Quanto aos exames laboratoriais, observa-se que, em 64,5% da populao estudada, os nveis da glicemia de jejum estavam acima de 100 mg/dL , ocorrendo pequena reduo para 61,3% nos casos de pessoas com diabetes mellitus durante a interveno e se manteve aps. No que se refere glicemia ps-prandial, os casos das pessoas com diabetes mellitus com valores iguais ou acima de 160 mg/dL, antes da interveno era de 45,2% e durante e aps a interveno caiu para 38,7%. Em contrapartida, aumentou o nmero de pessoas com diabetes mellitus durante e aps a interveno, com valores da glicemia ps-prandial abaixo de 160 mg/dL, de 54,8% para 61,3%. E, em relao hemoglobina glicada, foi observado que em 61,3% das pessoas com diabetes mellitus os valores antes da interveno eram iguais ou acima de 7%. Durante a interveno, caiu para 19,3% e aps a interveno o nmero de pessoas com diabetes mellitus, com a hemoglobina glicada igual ou superior a 7%, chegou a 38,7%. Quanto aos valores abaixo de 7%, observou-se aumento de 38,7% antes da interveno para 80,6 e 61,3% respectivamente, durante e aps a interveno, com diferena estatisticamente significante (p< 0,001). As pessoas com diabetes mellitus desse estudo, apresentaram 83,87% de adeso ao tratamento antes da interveno, e esses escores subiram para 96,78% aps a interveno, fato corroborado pelo teste de Wilcoxon que mostrou escores estatisticamente significantes (p<0,001), entre antes e aps a interveno. Esse estudo contribui para ressaltar a importncia do enfermeiro, enquanto integrante da equipe multiprofissional, seguindo as orientaes do \"Protocolo de atendimento ao indivduo com diabetes\", tanto no atendimento individual quanto em grupo, reorganizando o processo de trabalho, contribuindo para maior adeso ao tratamento e controle dos nveis glicmicos, ao minimizar a fragmentao e assegurar a continuidade na assistncia, por meio de abordagem integral ao diabtico

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INTRODUO: As doenas cardiovasculares (DCV) so a principal causa de morte no mundo, sendo muitos dos fatores de risco passveis de preveno e controle. Embora as DCV sejam complexas em sua etiologia e desenvolvimento, a concentrao elevada de LDL-c e baixa de HDL-c constituem os fatores de risco modificveis mais monitorados na prtica clnica, embora no sejam capazes de explicar todos os eventos cardiovasculares. Portanto, investigar como intervenes farmacolgicas e nutricionais podem modular parmetros oxidativos, fsicos e estruturais das lipoprotenas pode fornecer estimativa adicional ao risco cardiovascular. Dentre os diversos nutrientes e compostos bioativos relacionados s DCV, os lipdeos representam os mais investigados e descritos na literatura. Nesse contexto, os cidos graxos insaturados (mega-3, mega-6 e mega-9) tm sido foco de inmeros estudos. OBJETIVOS: Avaliar o efeito da suplementao com mega-3, mega-6 e mega-9 sobre os parmetros cardiometablicos em indivduos adultos com mltiplos fatores de risco e sem evento cardiovascular prvio. MATERIAL E MTODOS: Estudo clnico, randomizado, duplo-cego, baseado em interveno nutricional (3,0 g/dia de cidos graxos) sob a frmula de cpsulas contendo: mega-3 (37 por cento de EPA e 23 por cento de DHA) ou mega-6 (65 por cento de cido linoleico) ou mega-9 (72 por cento de cido oleico). A amostra foi composta por indivduos de ambos os sexos, com idade entre 30 e 74 anos, apresentando pelo menos um dos seguintes fatores de risco: Dislipidemia, Diabetes Mellitus, Obesidade e Hipertenso Arterial Sistmica. Aps aprovao do Comit de tica, os indivduos foram distribudos nos trs grupos de interveno. No momento basal, os indivduos foram caracterizados quanto aos aspectos demogrficos (sexo, idade e etnia) e clnicos (medicamentos, doenas atuais e antecedentes familiares). Nos momentos basal e aps 8 semanas de interveno, amostras de sangue foram coletadas aps 12h de jejum. A partir do plasma foram analisados: perfil lipdico (CT, LDL-c, HDL-c, TG), apolipoprotenas AI e B, cidos graxos no esterificados, atividade da PON1, LDL(-) e auto-anticorpos, cidos graxos, glicose, insulina, tamanho e distribuio percentual da LDL (7 subfraes e fentipo A e no-A) e HDL (10 subfraes). O efeito do tempo, da interveno e associaes entre os cidos graxos e aspectos qualitativos das lipoprotenas foram testados (SPSS verso 20.0, p <0,05). RESULTADOS: Uma primeira anlise dos resultados baseada em um corte transversal demonstrou, por meio da anlise de tendncia linear ajustada pelo nvel de risco cardiovascular, que o maior tercil plasmtico de DHA se associou positivamente com HDL-c, HDLGRANDE e tamanho de LDL e negativamente com HDLPEQUENA e TG. Observou-se tambm que o maior tercil plasmtico de cido linoleico se associou positivamente com HDLGRANDE e tamanho de LDL e negativamente com HDLPEQUENA e TG. Esse perfil de associao no foi observado quando foram avaliados os parmetros dietticos. Avaliando uma subamostra que incluiu indivduos tabagistas suplementados com mega-6 e mega-3, observou-se que mega-3 modificou positivamente o perfil lipdico e as subfraes da HDL. Nos modelos de regresso linear ajustados pela idade, sexo e hipertenso, o DHA plasmtico apresentou associaes negativas com a HDLPEQUENA. Quando se avaliou exclusivamente o efeito do mega-3 em indivduos tabagistas e no tabagistas, observou-se que fumantes, do sexo masculino, acima de 60 anos de idade, apresentando baixo percentual plasmtico de EPA e DHA (<8 por cento ), com excesso de peso e gordura corporal elevada, apresentam maior probabilidade de ter um perfil de subfraes de HDL mais aterognicas. Tendo por base os resultados acima, foi comparado o efeito do mega-3, mega-6 e mega-9 sobre os parmetros cardiometablicos. O mega-3 promoveu reduo no TG, aumento do percentual de HDLGRANDE e reduo de HDLPEQUENA. O papel cardioprotetor do mega-3 foi reforado pelo aumento na incorporao de EPA e DHA, no qual indivduos com EPA e DHA acima de 8 por cento apresentaram maior probabilidade de ter HDLGRANDE e menor de ter HDLPEQUENA. Em adio, observou-se tambm que o elevado percentual plasmtico de mega-9 se associou com partculas de LDL menos aterognicas (fentipo A). CONCLUSO: cidos graxos plasmticos, mas no dietticos, se correlacionam com parmetros cardiometablicos. A suplementao com mega-3, presente no leo de peixe, promoveu reduo no TG e melhoria nos parmetros qualitativos da HDL (mais HDLGRANDE e menos HDLPEQUENA). Os benefcios do mega-3 foram particularmente relevantes nos indivduos tabagistas e naqueles com menor contedo basal de EPA e DHA plasmticos. Observou-se ainda que o mega-9 plasmtico, presente no azeite de oliva, exerceu impacto positivo no tamanho e subfraes da LDL.